sábado, 2 de dezembro de 2017

CARCINOMA ESPINOCELULAR




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O QUE É O CARCINOMA ESPINOCELULAR?

Carcinoma espinocelular (CEC) é um tipo de câncer de pele que pode ter comportamento agressivo, se não for tratado adequadamente pode causar metástases e até óbito. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento maior a chance de cura!
Carcinoma espinocelular não é exclusivo da pele, podendo ocorrer também em mucosas, como, garganta, boca, colo do útero, vagina e pênis. Seu comportamento é ainda mais agressivo nas mucosas, principalmente em boca e
garganta.
O carcinoma espinocelular também é conhecido como carcinoma epidermoide ou carcinoma de células escamosas. Todos os nomes dizem respeito ao mesmo tipo de tumor.

FATORES DE RISCO PARA O CARCINOMA ESPINOCELULAR:
A incidência de carcinoma espinocelular tem aumentado drasticamente nos últimos anos. O aumento da exposição solar, a mudança dos hábitos de vestuário, a diminuição da camada de ozônio e o envelhecimento da população (o carcinoma espinocelular ocorre pela ação crônica da radiação ultravioleta, logo quanto mais velho o indivíduo, mais radiação ultravioleta ele terá recebido) são as causas deste aumento.

Pele clara:  pessoas de pele clara, olhos azuis, cabelos claros, que se queimam com facilidade tem um risco maior de desenvolverem carcinoma espinocelular.

Sexo masculino: A incidência de carcinoma espinocelular em homens é quase o dobro que em mulheres. Pela maior exposição ocupacional e recreacional ao sol, homens tem mais risco. O uso de batom e cabelos compridos pelas mulheres, também se relaciona a uma menor incidência de carcinoma espinocelular em lábios e orelhas.

Exposição a radiação ultravioleta:  A radiação ultravioleta é considerada o principal fator de risco para carcinoma espinocelular. Existe uma reação linear entre exposição solar e CEC. A cada 8 a 10 graus de decréscimo de latitude a incidência de carcinoma espinocelular dobra. Sendo que a incidência de CEC é maior na linha do equador. Carcinoma espinocelular é mais comum em áreas cronicamente expostas do corpo, como rosto e mãos.  A exposição solar ocupacional também é importante, motoristas, caminhoneiros e outro profissionais que passam o dia dirigindo tem mais CEC do lado esquerdo do corpo no Brasil. Em contrapartida, na Inglaterra e Australia o CEC é mais comum no lado direito, devido a mudança da mão de direção.

Imunossupressão: Pacientes com algum tipo de imunossupressão tem um risco maior de desenvolver carcinoma espinocelular. Isto é particularmente importante em transplantados. O risco de desenvolver um carcinoma espinocelular varia de acordo com o tipo de transplante. Transplante de coração e pulmão tem um risco maior que transplante renal, visto que as drogas usadas para evitar a rejeição causam mais imunossupressão. O tempo do transplante também é importante, quanto mais tempo maior o risco de desenvolver carcinoma espinocelular. Transplante de medula também aumente o risco de desenvolver câncer de pele.

Úlceras crônicas e cicatrizes: Carcinomas espinocelulares podem surgir em feridas crônicas, principalmente úlceras crônicas. Ocorrem também em cicatrizas, particularmente em cicatrizes de queimaduras. Quando ocorrem em feridas ou cicatrizes, tendem a ser mais agressivos.

Tabagismo: O carcinoma espinocelular é o único câncer de pele relacionado ao tabagismo, carcinoma basocelular e melanoma parecem não ter relação com cigarro. No caso do carcinoma espinocelular fumar aumenta em 2 vezes o risco de desenvolver um tumor. Isto é muito importante em boca, carcinoma espinocelular de lábio é mais comum em fumantes.

Papiloma vírus humano (HPV): A infecção pelo HPV está mais relacionada a carcinoma espinocelular de vagina, vulva, pênis e colo do útero. Na pele pode ser um contribuinte secundário, principalmente em síndromes genéticas e pacientes transplantados.

Outros: Existem algumas doenças genéticas como xeroderma pigmentoso, que são relacionadas com aparecimento de carcinoma espinocelular. Radiação ionizante como usada em radioterapia também está relacionada a um maior risco. Nestes casos os carcinomas tendem a ser também mais agressivos.


COMO RECONHECER UM CARCINOMA ESPINOCELULAR?
O carcinoma espinocelular não é tão característico quanto o carcinoma basocelular ou o melanoma. É um tumor mais difícil de se diagnosticar. Em geral forma um nódulo (bolinha) de coloração avermelhada, associado a áreas ásperas e queratósicas (cascas amareladas/esbranquiçadas duras e ásperas). Normalmente é uma lesão friável que pode se ulcerar, formando uma ferida que não cicatriza. Como regra é uma lesão na pele que costuma ter um crescimento rápido.

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FONTES:
http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com.br/2014/03/lesoes-malignas-carcinoma-de-celulas.html

http://odontologiadrameri.blogspot.com.br/

LOURENÇO, S. Q. C, et al. Classificação Histopatológica para o Carcinoma de Células Escamosas da Cavidade Oral: Revisão de sistemas propostos. Rev. brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro. v. 53, n. 3, p. 325-333, 2007.

NEVILLE, B.W.; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J.E. Patologia Oral e Maxilofacial. Trad.3a Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, p. 972, 2009.         

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