sábado, 2 de dezembro de 2017

CARCINOMA ESPINOCELULAR VÍDEO - Dr. Gustavo Alonso

LESÕES MALIGNAS DE BOCA


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     O Carcinoma de Células Escamosas (Espinocelular ou Epidermóide) é a lesão maligna mais comum na boca, acomete mais frequentemente indivíduos de meia idade do sexo masculino, embora atualmente a incidência em mulheres esteja aumentando cada vez mais, havendo equilíbrio ou até mesmo ultrapassando os homens em algumas regiões. A causa do CCE é multifatorial, fatores intrínsecos e extrínsecos estão relacionados com sua patogenia. Os fatores intrínsecos estão representados pelo estado sistêmico do paciente, deficiência nutricional e a genética. Já os extrínsecos, podemos citar o tabaco, álcool, radiação (solar ou ionizante), etc.

Alguns fatores etiológicos:

- Tabaco - É o principal agente capaz de induzir o aparecimento de um carcinoma (através de suas substâncias carcinogênicas como o benzopireno e a nitrosamina)  , estudos mostram que 80% dos casos de CCE são diagnosticados em tabagistas. Em algumas culturas isoladas da Índia e da America do Sul os índices da doença são altíssimos, devido a um hábito de fumar o cigarro invertido, ou seja, com  a ponta acesa para o interior da boca, nesse caso a região da mucosa oral mais afetada é a do palato duro, local normalmente incomum para o aparecimento da lesão.

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- Álcool - O álcool pode agir de duas formas, direta ou indiretamente. A forma direta está relacionada com os aldeídos, que são liberados a partir da degradação do álcool no organismo. Essas substâncias são consideradas carcinogênicas. A forma indireta está relacionada a associação com o tabaco. O álcool age sinergicamente com o cigarro, aumentando as chances do paciente desenvolver uma malignidade. Isso ocorre porque o álcool desidrata a mucosa, sendo assim, as substancias carcinogênicas do tabaco penetram mais facilmente no organismo.

- Radiação - Tanto a radiação ultravioleta quanto a ionizante são fatores importantes na etiologia do CCE. A radiação UVA/UVB está mais relacionada com carcinoma de lábio inferior, a partir das queilites actínicas. Pacientes submetidos a radioterapia de cabeça e pescoço apresentam uma maior predisposição de desenvolverem alguma malignidade.

- Microrganismos e Vírus - Alguns microrganismos como a Candida, podem estar relacionados com a etiologia do CCE. A nitrosamina é uma substâncias carcinogênica que é liberada pelo metabolismo normal do fungo. Alguns vírus dos grupos HSV e HPV, também são fatores extrínsecos importantes. Sabe-se que alguns deles possuem a capacidade de ativar os oncogenes e mutar os genes supressores de tumor.
- Oncogenes e Genes supressores de tumor -  Esses genes são responsáveis pelo equilíbrio de divisão celular, ou seja, os oncogenes são responsáveis por estimular a divisão celular, já os genes supressores de tumor possuem a função de "frear" essa divisão. Então, é necessário que haja um equilíbrio entre esses dois genes, para que ocorra uma correta divisão celular. Mutações espontâneas ou induzidas por algum fator externo podem acarretar em um mal funcionamento desses genes, predispondo o individuo a uma possível malignidade.

-Deficiências Nutricionais - A literatura cita que as deficiências de ferro e vitamina A estão associadas a etiologia do CCE. Sabe-se que o ferro tem grande importância no correto funcionamento das células epiteliais, principalmente as da mucosa do trato digestivo superior. A síndrome de Plummer-Vinson, que é caracterizada por por uma deficiência de ferro grave, glossite e disfagia está associada a um elevado risco para o carcinoma de células escamosas. As pesquisas também relatam que a vitamina A parece exercer um papel preventivo em lesões pré-malignizáveis (leucoplasia) e no câncer oral.

     A imunossupressão, agentes fenólicos e o Treponema Pallidum, de acordo com a literatura, também estão relacionados com o carcinoma de células escamosas.

FONTE:

http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com.br/2014/03/lesoes-malignas-carcinoma-de-celulas.html


CARCINOMA ESPINOCELULAR




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O QUE É O CARCINOMA ESPINOCELULAR?

Carcinoma espinocelular (CEC) é um tipo de câncer de pele que pode ter comportamento agressivo, se não for tratado adequadamente pode causar metástases e até óbito. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento maior a chance de cura!
Carcinoma espinocelular não é exclusivo da pele, podendo ocorrer também em mucosas, como, garganta, boca, colo do útero, vagina e pênis. Seu comportamento é ainda mais agressivo nas mucosas, principalmente em boca e
garganta.
O carcinoma espinocelular também é conhecido como carcinoma epidermoide ou carcinoma de células escamosas. Todos os nomes dizem respeito ao mesmo tipo de tumor.

FATORES DE RISCO PARA O CARCINOMA ESPINOCELULAR:
A incidência de carcinoma espinocelular tem aumentado drasticamente nos últimos anos. O aumento da exposição solar, a mudança dos hábitos de vestuário, a diminuição da camada de ozônio e o envelhecimento da população (o carcinoma espinocelular ocorre pela ação crônica da radiação ultravioleta, logo quanto mais velho o indivíduo, mais radiação ultravioleta ele terá recebido) são as causas deste aumento.

Pele clara:  pessoas de pele clara, olhos azuis, cabelos claros, que se queimam com facilidade tem um risco maior de desenvolverem carcinoma espinocelular.

Sexo masculino: A incidência de carcinoma espinocelular em homens é quase o dobro que em mulheres. Pela maior exposição ocupacional e recreacional ao sol, homens tem mais risco. O uso de batom e cabelos compridos pelas mulheres, também se relaciona a uma menor incidência de carcinoma espinocelular em lábios e orelhas.

Exposição a radiação ultravioleta:  A radiação ultravioleta é considerada o principal fator de risco para carcinoma espinocelular. Existe uma reação linear entre exposição solar e CEC. A cada 8 a 10 graus de decréscimo de latitude a incidência de carcinoma espinocelular dobra. Sendo que a incidência de CEC é maior na linha do equador. Carcinoma espinocelular é mais comum em áreas cronicamente expostas do corpo, como rosto e mãos.  A exposição solar ocupacional também é importante, motoristas, caminhoneiros e outro profissionais que passam o dia dirigindo tem mais CEC do lado esquerdo do corpo no Brasil. Em contrapartida, na Inglaterra e Australia o CEC é mais comum no lado direito, devido a mudança da mão de direção.

Imunossupressão: Pacientes com algum tipo de imunossupressão tem um risco maior de desenvolver carcinoma espinocelular. Isto é particularmente importante em transplantados. O risco de desenvolver um carcinoma espinocelular varia de acordo com o tipo de transplante. Transplante de coração e pulmão tem um risco maior que transplante renal, visto que as drogas usadas para evitar a rejeição causam mais imunossupressão. O tempo do transplante também é importante, quanto mais tempo maior o risco de desenvolver carcinoma espinocelular. Transplante de medula também aumente o risco de desenvolver câncer de pele.

Úlceras crônicas e cicatrizes: Carcinomas espinocelulares podem surgir em feridas crônicas, principalmente úlceras crônicas. Ocorrem também em cicatrizas, particularmente em cicatrizes de queimaduras. Quando ocorrem em feridas ou cicatrizes, tendem a ser mais agressivos.

Tabagismo: O carcinoma espinocelular é o único câncer de pele relacionado ao tabagismo, carcinoma basocelular e melanoma parecem não ter relação com cigarro. No caso do carcinoma espinocelular fumar aumenta em 2 vezes o risco de desenvolver um tumor. Isto é muito importante em boca, carcinoma espinocelular de lábio é mais comum em fumantes.

Papiloma vírus humano (HPV): A infecção pelo HPV está mais relacionada a carcinoma espinocelular de vagina, vulva, pênis e colo do útero. Na pele pode ser um contribuinte secundário, principalmente em síndromes genéticas e pacientes transplantados.

Outros: Existem algumas doenças genéticas como xeroderma pigmentoso, que são relacionadas com aparecimento de carcinoma espinocelular. Radiação ionizante como usada em radioterapia também está relacionada a um maior risco. Nestes casos os carcinomas tendem a ser também mais agressivos.


COMO RECONHECER UM CARCINOMA ESPINOCELULAR?
O carcinoma espinocelular não é tão característico quanto o carcinoma basocelular ou o melanoma. É um tumor mais difícil de se diagnosticar. Em geral forma um nódulo (bolinha) de coloração avermelhada, associado a áreas ásperas e queratósicas (cascas amareladas/esbranquiçadas duras e ásperas). Normalmente é uma lesão friável que pode se ulcerar, formando uma ferida que não cicatriza. Como regra é uma lesão na pele que costuma ter um crescimento rápido.

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FONTES:
http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com.br/2014/03/lesoes-malignas-carcinoma-de-celulas.html

http://odontologiadrameri.blogspot.com.br/

LOURENÇO, S. Q. C, et al. Classificação Histopatológica para o Carcinoma de Células Escamosas da Cavidade Oral: Revisão de sistemas propostos. Rev. brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro. v. 53, n. 3, p. 325-333, 2007.

NEVILLE, B.W.; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J.E. Patologia Oral e Maxilofacial. Trad.3a Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, p. 972, 2009.