sábado, 25 de novembro de 2017

DESENVOLVIMENTO DA VIDA DE 0 A 9 MESES

VIAGEM FANTÁSTICA-DRÁUSIO VARELA-PARTE 1

BEBÊ 21 SEMANAS

VÍDEO DE FETO NA BARRIGA DA MÃE.

FECUNDAÇÃO HUMANA-SISTEMA REPRODUTIVO

DIVISÃO CELULAR

CICLO CELULAR-MITOSE

VÍDEO-MITOSE E MEIOSE

DIAGNÓSTICO LABORATÓRIAL E COLETA DE ESCARRO-BAAR

DVD -TÉCNICAS HISTOLÓGICAS UMA ABORDAGEM PRÁTICA

ANEMIA FALCIFORME


Hemácias normais e afetadas pela anemia falciforme. Ilustração: Alila Medical Media / Shutterstock.com

A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.

DIAGNÓSTICO DE ANEMIA FALCIFORME
As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal.

Causas

A anemia falciforme é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta.

Sintomas

São sintomas da anemia falciforme:

* Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sangüíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos;

* Dores articulares;

* Fadiga intensa;

* Palidez e icterícia;

* Atraso no crescimento;

* Feridas nas pernas;

* Tendência a infecções;

* Cálculos biliares;

* Problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais;

* Priapismo.
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Diagnóstico

A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada pelo teste do pezinho quando a criança nasce.
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Tratamento

Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor.
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Recomendações

* Exija que o teste do pezinho seja feito em seu filho/a logo depois do nascimento. Se for constatado que é portador de anemia falciforme, encaminhe-o logo para um médico especialista;

* Procure imediatamente assistência se a pessoa com anemia falciforme tiver uma crise de dor. Embora às vezes ela possa ser tratada em casa com analgésicos, repouso e ingestão de muito líquido, só o médico poderá avaliar a necessidade de internação hospitalar;

* Entenda a febre do portador de anemia falciforme como um sinal de alerta e não faça uso de medicamentos sem orientação médica que acompanha o caso;

* Leve imediatamente para o hospital mais próximo, a criança com anemia falciforme que ficou pálida de repente;

* Lembre-se de que alterações oculares podem ocorrer nesses pacientes. Por isso, eles devem ser avaliados periodicamente por um oftalmologista.
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FONTES;
https://www.infoescola.com/doencas/anemia-falciforme/
https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/anemia-falciforme/

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA BOCA

A Boca


A boca ou cavidade oral está situada na cabeça, entre as fossas nasais e a região supra-hioidea. estende-se desde os lábios e bochechas, externamente, até os arcos palatoglossos das fauces internamente, onde se continua na parte oral da faringe. A boca esta relacionada principalmente com a ingestão e a mastigação dos alimentos, que é essencialmente a função dos dentes. A boca também participa da fonação e da ventilação. Ela tem formato oval, na sua maior direção do eixo Antero-posterior, está dividida pelo arcos alvéolo-dentais em duas porções:

1º – O vestíbulo, área externo aos dentes, ou seja, o espaço entre os dentes e as bochechas.
O vestíbulo da boca e um espaço semelhante a uma fenda entre os lábios e bochechas de um lado e os dentes do outro. Quando os dentes ocluem, o vestíbulo e um espaço fechado que se comunica apenas com a cavidade própria da boca nas regiões retro molares, atras do ultimo molar de cada lado. Onde a mucosa que cobre o osso alveolar da mandibula e refletida para os labios e bochechas, um canal ou sulco e formado e e chamado de fornice vestibular. Um numero variável de pregas em forma de foice contendo tecido conjuntivo frouxo percorre o fórnice vestibular. Na linha mediana, estes são os freios (ou frênulos) superiores e inferiores. Outras pregas podem atravessar o fórnice próximo dos caninos ou pré-molares. As pregas na parte inferior do fórnice são consideradas mais pronunciadas do que aquelas na parte superior do fórnice. O frênulo do lábio superior e normalmente fixado abaixo da crista alveolar. Um grande frênulo com uma inserção próxima ou na crista pode estar associado a um intervalo na linha mediana (diastema) entre os incisivos centrais superiores. Ele pode ser corrigido através de remoção cirúrgica simples do frênulo (frenectomia), pois não contem estruturas de importância clinica. O freio proeminente pode comprometer a estabilidade de dentaduras.

2º- A cavidade própria da boca, interna aos dentes.
A cavidade oral ou bucal, ou simplesmente boca, é uma cavidade virtual quando a mandíbula encontra-se fechada e torna-se real quando a mandíbula se abre. Seu diâmetro transversal é de aproximadamente 50 à 65 milímetros e seu diâmetro Antero-posterior mede aproximadamente 70 à 75 milímetros.
Estudaremos sucessivamente: 1º as paredes da boca; 2º as gengivas, 3º os dentes e 4º as glândulas salivares.


As Paredes da Boca
São em numero de seis: superior, inferior, anterior, posterior e laterais (2).
A Parede Anterior
A parede anterior da boca são os lábios. Em número de dois, um superior e outro inferior. A parte central dos lábios contem o muculo orbicular da boca. Internamente, a túnica mucosa labial é lisa e brilhante e apresenta pequenas elevações causadas por glândulas mucosas subjacentes.
A posição e a atividade dos lábios são importantes para controlar o grau de protrusão dos dentes incisivos. Com lábios normais (competentes), as margens incisais dos incisivos superiores encontram-se abaixo da margem superior do lábio inferior, e esta disposição ajuda a manter a inclinação “normal” dos incisivos. Quando os lábios são incompetentes, os incisivos superiores podem não ser controlados e o lábio inferior pode ate mesmo se situar por trás deles, produzindo assim uma proclinação exagerada destes dentes. Uma musculatura labial vigorosa, ou hiperativa, pode estar associada a incisivos superiores retroclinados. Os lábios são mantidos úmidos tanto pela deposição da saliva pela língua como pelas inúmeras glândulas salivares menores dentro deles. Estas glândulas são suscetíveis a traumatismo pelos dentes, particularmente no lábio inferior: podendo produzir uma mucocele como resultado do extravasamento de saliva para os tecidos submucosos ou retenção de saliva no interior da glândula ou seu ducto.
A vascularização dos lábios é suprida principalmente pelas artérias labiais superior e inferior, ramos da artéria facial. O lábio superior e inervado por ramos labiais superiores do nervo infra-orbital (ramo do n. facial) e o lábio inferior e inervado pelo ramo mentual da divisão mandibular do trigêmeo.

A Parede Lateral
Limitadas acima pela órbita, abaixo pela mandibula, anteriormente pela pelos sulcos nasogenianos e labiogeniano, as bochechas ocupam a maior parte da face e são as paredes laterais da boca.
Internamente, a mucosa da bochecha está firmemente aderida ao músculo bucinador e é assim alongada quando a boca está aberta e fica enrugada quando a boca e fechada. Poucos pontos de referencia estruturais são visíveis na face interna da bochecha. O óstio do ducto parotídeo pode ser visto na face interna da bochecha oposta ao segundo molar superior em uma pequena papila. Uma linha hiper queratinizada (a linha alba) pode ser observada em uma posição relacionada ao plano oclusal dos dentes. Na região retro-molar, uma prega da mucosa contendo a rafe pterigomandibular estende-se desde o processo alveolar superior ate o inferior. A entrada para o espaço pterigomandibular (que contem os nervos lingual e alveolar inferior) situa-se lateralmente a esta prega e medialmente a crista produzida pela borda anterior do ramo da mandibula: e este o local para a injeção de um bloqueio do nervo alveolar inferior, comumente usado para anestesiar os dentes e as gengivas inferiores ipsilaterais.
A bochecha recebe o seu suprimento sanguíneo arterial principalmente da artéria bucal, ramo da artéria maxilar, e e inervada por ramos cutâneos da divisão maxilar do nervo trigêmeo, através do ramo zigomatolabial e nervo infra-orbital, e pelo nervo bucal da divisão mandibular do nervo
trigêmeo.

Assoalho da boca

A Parede Superior
O palato ósseo (por oposição ao palato membranoso, que é o palato mole e este pode ser abordado como sendo também uma estrutura da faringe) é uma região em forma de ferradura, circunscrita pelos arcos dentais. O palato (palato duro e palato mole) forma o teto da cavidade oral (“céu-da-boca”) e separa as cavidades oral e nasal.
O palato mole será descrito em conjunto com a faringe.
O palato duro e formado pelos processos palatinos das maxilas palatinas e as laminas horizontais dos ossos palatinos. O palato duro esta delimitado anterior e lateralmente pelo arco alveolar da maxila e é continuo posteriormente com o palato mole. É coberto por uma mucosa espessa firmemente ligada ao periósteo subjacente. Nas suas regiões mais laterais também possui uma submucosa que contem o feixe neuro vascular principal. A mucosa e coberta por epitélio escamoso estratificado queratinizado, que apresenta variações regionais e pode ser orto-queratinizado ou para-queratinizado. A periferia do palato duro consiste nas gengivas. Uma crista estreita, a rafe do palato, desprovida de submucosa, corre Antero-posteriormente na linha mediana. Uma proeminência oval, a papila incisiva, esta na extremidade anterior da rafe do palato. Cobre a fossa incisiva na abertura oral do canal incisivo e também marca a posição do canal nasopalatino fetal.
Pregas palatinas transversas irregulares, cada uma contendo um núcleo de tecido conjuntivo denso, irradiam para o exterior a partir da rafe do palato na metade anterior do palato duro: o seu padrão e único. A submucosa na metade posterior do palato duro contem glândulas salivares mucosas. Elas secretam por meio de inúmeros pequenos ductos que frequentemente drenam para um ducto maior, que se abre bilateralmente em fóveas palatinas pareadas. Estas depressões, por vezes com alguns milímetros de profundidade, margeiam a rafe do palato na margem posterior do palato duro. Elas fornecem um ponto de referencia útil para a extensão de uma dentadura superior; se não forem observadas durante a confecção da prótese, fazem com que a dentadura se torne instável quando o palato mole se movimenta durante a deglutição e a mastigação. A superfície superior do palato duro é o assoalho da cavidade nasal e é forrada por epitélio respiratório ciliado.

É formada pela língua e região sub-lingual, cujo assoalho é formado pelo músculo milo-hióideo.
A língua será descrita separadamente devido sua complexidade e importante função. Ela também será abordada nos órgãos dos sentidos, uma vez que ela faz parte importante do paladar.
A ragião sub-lingual é o espaço compreendido entre as gengivas e a base da língua. Triangular, com o vértice apontando para os incisivos inferiores, está região apresenta:
1 – o frênulo da língua ou filete mucoso médio.
2 – de cada de sua extremidade posterior, um tubérculo correspondente ao orifício do conduto de Wharton (condutos excretores da glândula sub-lingual).

A Parede Posterior
A parede posterior da boca é formada em sua maior parte pelo palato mole em cujos pilares encontram-se as amígdalas. A parede posterior da boca é na verdade uma grande abertura que comunica a boca com a faringe. Por isso estudaremos essas estruturas na sessão faringe.




As Gengivas e a Mucosa Oral
A mucosa oral e continua a pele nas margens labiais (borda do vermelhão) e com a mucosa faríngea no istmo das fauces. Ela varia na estrutura, função e aparência em diferentes regiões da cavidade oral e e tradicionalmente dividida em mucosas de revestimento, mastigatória e especializada.
A mucosa de revestimento é de cor vermelha e cobre o palato mole, superfície ventral da linguá, assoalho da boca, processos alveolares (excluindo as gengivas) e as superfícies internas dos lábios e bochechas. Ela possui epitélio escamoso estratificado não queratinizado, que se sobrepõe a uma lamina própria fibrosa frouxa, e a túnica submucosa contem alguns depósitos de gordura e acúmulos de glândulas salivares menores mucosas.
A mucosa oral que cobre o osso alveolar – que sustenta as raízes dos dentes – e os colos (região cervical) dos dentes é dividida em dois componentes principais. Essa porcão que reveste a parte inferior dos alvéolos, frouxamente fixada ao periósteo através de uma submucosa difusa, é designada mucosa alveolar. Ela e delineada a partir da mucosa mastigatória gengival, que cobre a parte superior do osso alveolar e os colos dos dentes, por uma junção bem definida, a junção muco-gengival. A mucosa alveolar aparece em vermelho escuro; a gengival aparece em rosa pálido. Estas diferenças de cores estão relacionadas com as diferenças no tipo de queratinização e a proximidade com a superfície de pequenos vasos sanguíneos subjacentes que podem as vezes ser observados no
trajeto abaixo da mucosa alveolar.
A mucosa mastigatória, ou seja, a mucosa que e submetida ao estresse mastigatório, esta firmemente aderida ao osso subjacente ou aos colos dos dentes, e forma um mucopeirósteo na gengiva e rafe do palato. As mucosas gengival, palatina e dorsal da língua são queratinizadas ou para-queratinizadas. As gengivas podem ser ainda subdivididas em gengivas inseridas e gengivas livres. As gengivas inseridas estão firmemente ligadas ao periósteo alveolar e aos dentes, enquanto as gengivas livres, que constituem uma margem de aproximadamente 1 mm da gengiva, situam-se não inseridas em torno da região cervical de cada dente. O sulco gengival livre, entre as gengivas livre e inserida, corresponde aproximadamente ao assoalho do sulco gengival que separa a face interna das gengivas aderidas no esmalte do dente. A papila gengival e a parte da gengiva que preenche o espaço entre os dentes adjacentes. A superfície das gengivas inseridas e caracteristicamente pontilhada, embora haja variação individual no grau de pontilhamento e variação de acordo com a idade, sexo e a saúde das gengivas. As gengivas livres não são pontilhadas. A linha muco-gengival delineia as gengivas inseridas sobre a face lingual da mandíbula a partir da mucosa alveolar em direção ao assoalho da boca. Ao ha divisão evidente correspondente entre as gengivas inseridas e o restante da mucosa palatina, porque toda esta superfície e mucosa mastigatória orto-queratinizada, que e rosa. A túnica submucosa esta ausente na gengiva e rafe do palato na linha mediana, mas esta presente ao longo do restante do palato duro. Póstero-lateralmente, e espessa onde contem as glândulas salivares mucosas e os nervos e vasos palatinos maiores, e e ancorada ao periósteo das maxilas e ossos palatinos por septos colágenos.

FONTES:
http://anatomiaonline.com/wp-content/uploads/2016/02/mucosa-oral.jpg
http://www.otorrinocruzvermelha.com/resources/PDF%20aula%20dra%20elisa.pdf
http://educacao.globo.com/biologia/assunto/fisiologia-humana/digestao.html

sábado, 18 de novembro de 2017

CARCINOMA ESPINOCELULAR


Resultado de imagem para carcinoma espinocelular


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O carcinoma espinocelular, também denominado carcinoma epidermoide ou escamoso, é uma neoplasia das células espinhosas presentes na epiderme, caracterizando-se por rápida evolução e alto poder invasivo e metastático.
Esta representa a segunda forma mais comumente encontrada de câncer cutâneo (15-20% do total desses tumores). São mais frequentes em indivíduos de meia idade ou mais, que apresentam pele, cabelos e olhos claros e que estão expostos freqüentemente aos raios solares; a exposição aos raios ultravioletas de câmaras de bronzeamento artificial também elevam o risco de desenvolvimento desta neoplasia. Alguns carcinomas espinocelulares possuem origem de uma pequena lesão avermelhada, denominada ceratose actínica.
Inicialmente, costuma apresentar-se como uma lesão crostosa ou descamativa na pele com uma base vermelha inflamada, um tumor que cresce ou uma lesão que não cicatriza, formando lesões elevadas ou vegetantes (aspecto de couve-flor); pode ocorrer ulcerações com sangramento. Habitualmente, afeta áreas que são mais expostas ao sol, como a face, pescoço, braços, couro cabeludo, dorso, mãos e orelhas. Também pode acometer outras partes do corpo, como a boca, lábios, genitálias, entre outras.
O diagnóstico deve ser realizado com base nas evidências clínicas e epidemiológicas relacionadas com esta neoplasia. O diagnóstico confirmatório é realizado por meio de um detalhado exame histopatológico de uma amostra adequada da lesão.
O tratamento desta neoplasia é cirúrgico, por meio da remoção total da lesão. A radioterapia é indicada para pacientes acima de 50 anos de idade que apresentam a lesão bem definida. Tumores em locais de difícil acesso, como nariz e orelhas, podem ter indicação de radioterapia.
Em certas situações graves, em casos de neoplasias muito invasivos e destrutivos, pode ser necessária a realização de cirurgias desfigurantes, com amputação do pênis, vulva, pododáctilos, pés ou pernas. A existência de metástase ganglionar pode incitar a cirurgia para esvaziamento ganglionar, em certos casos, em associação com a quimioterapia sistêmica.

A prevenção dessa neoplasia se faz evitando a exposição à luz ultravioleta do sol e de câmaras de bronzeamento artificial em qualquer idade.

Fontes:
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/espino.shtml
http://www.emmanuelfranca.com.br/doencas/doencas103_carcinoma_espinocelular.html
http://www.marcoantoniodeoliveira.com.br/carcinoma-espinocelular.php
http://netsim.fm.usp.br/cadapele/caespino.htm
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+de+pele/cancrodapele.htm

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE BOCA

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Exame físico
O exame de toda a cavidade bucal deve ser feito de maneira metódica para que todas as áreas sejam analisadas e seja possível a identificação de próteses dentárias ou outras prováveis causas de trauma contínuo. As lesões mais posteriores da cavidade bucal, por vezes, necessitam de visualização com o auxílio de instrumentos ou por espelho para a avaliação de sua extensão. As lesões, sempre que possível, devem ser palpadas, a fim de se confirmar seus reais limites e o acometimento de estruturas adjacentes. A palpação das cadeias linfáticas cervicais completará o exame, sendo importante a determinação do tamanho dos linfonodos, sua mobilidade e relação com estruturas vizinhas.
Ao ser identificado o tumor, é importante registrar suas dimensões e características: se é ulcerado, infiltrativo, necrosado, com infecção secundária, se ultrapassa a linha média, se há indícios de invasão óssea e/ou da musculatura profunda. A presença de leucoplasias, eritroplasias e possíveis lesões pré-neoplásicas simultâneas devem ser investigadas. O trismo, quando presente, pode ser decorrente da invasão tumoral da musculatura pterigóidea ou por dor local. Exames de imagem (como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética) são importantes nesses casos, mas, às vezes, só o exame sob narcose, no centro cirúrgico, vai esclarecer essa dúvida.
Após meticuloso exame da cavidade oral, parte-se para o exame endoscópico do cavum e a videolaringoscopia, a fim de avaliar possível prolongamento do  tumor para essas áreas ou diagnosticar a presença de um segundo tumor primário.

Biópsia da lesão
Biópsia incisional que, dependendo da facilidade de acesso, pode ser feita por pinça de saca-bocado sob anestesia local. A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é indicada naquelas lesões infiltrativas subjacentes à área de mucosa normal.

Extensão da doença - Sistema de estadiamento
São avaliações clínico-radiológicas baseadas na melhor determinação possível da extensão da lesão antes do tratamento. Essa avaliação clínica é baseada na inspeção da lesão e, quando possível, palpação da mesma, assim como por exame endoscópico indireto ou direto, quando necessário. A avaliação radiológica será complementar, mostrando comprometimento ósseo e/ou infiltração de partes moles. As áreas de drenagem devem ser examinadas por palpação cuidadosa.

Estudo radiológico
Quando indicado, faz-se o estudo radiológico panorâmico da mandíbula (avaliação de acometimento ósseo), Raios X simples (RX) de seios da face (lesões de palato duro) e, rotineiramente, RX de tórax (pesquisa de metástases à distância).

Exames de exceção
A tomografia computadorizada e o exame de ressonância magnética são procedimentos de exceção, devendo ser usados para avaliação da extensão da lesão nos casos em que o exame clínico não seja suficiente, ou quando o tamanho do tumor ou o status dos linfonodos cervicais puserem em dúvida a operabilidade ou a extensão da cirurgia a ser proposta.

Exames pré-operatórios
• Hemograma completo e coagulograma;
• Eletrocardiograma;
• Risco cirúrgico (apenas em pacientes com idade maior do que 40 anos ou com patologias prévias);
• Proteínas totais (pacientes desnutridos);
• Função hepática (bilirrubinas e transaminases) nos alcoólatras;
• Dosagem sangüínea de eletrólitos (Na+ e K+) nos pacientes com dificuldade alimentar (desidratados) ou aqueles que fazem uso crônico de diuréticos.

Suporte pré-operatório
Uma equipe multidisciplinar é fundamental no pré-operatório. Todos os pacientes são encaminhados para o Serviço de Odontologia, onde é feita a higienização oral, e para o Serviço de Nutrição, onde se avalia a necessidade de sonda nasoenteral para maior suporte calórico.

A enfermagem fica responsável pela orientação, assim como pela troca do curativo no pós-operatório mediato, após alta hospitalar. 

A psicologia é de fundamental importância no manejo tanto pré como pós-operatório, tendo em vista que o câncer é acompanhado de transtornos psicológicos dos mais diversos e que as seqüelas das cirurgias muitas vezes implicam em perda do convívio social. Os alcoólatras ou aqueles pacientes que serão submetidos a grandes ressecções com reconstruções complexas também serão encaminhados aos Serviços de Psicologia e/ou Psiquiatria.

A fisioterapia respiratória ambulatorial pré-operatória fica destinada aos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica grave (DPOC). 

A importância do fonoaudiólogo está em tentar minimizar os defeitos de fala e deglutição provocados pelas alterações cirúrgicas, assim como na diminuição do tempo para decanulização traqueal, com o objetivo de facilitar a introdução dos pacientes em seu meio social. 

Fonte: Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço – Rotinas Internas do INCA