sexta-feira, 18 de setembro de 2015

COLETA DE SANGUE VENOSO

É o sangue que circula da periferia para o centro do sistema circulatório, que é o coração. É conseguido pela punção venosa que fornece quantidade apreciável de sangue usado nos exames hematológicos e bioquímicos.

Locais de punção: fossa cúbita (dobra do cotovelo), dorso da mão e dorso do pé.


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.



Procedimento:

- Preparar a seringa, agulha, algodão e o tubo apropriado.

- Colocar o braço do paciente no suporte

- Garrotear o braço quatro dedos acima da fossa antecubital

- Sentir com as digitais a veia do paciente

- Introduzir a agulha com o bisel voltado pra baixo

- Afrouxar o garrote assim que o sangue começar a sair.


- Retirar a quantidade de sangue desejado

- retirar a agulha

- Pressionado o algodão para o estancamento do sangue

- Importante não deixar o paciente dobrar o braço.

- Retirar a seringa e colocar o sangue no tubo de maneira que escorra pelas paredes do tubo, para evitar a hemólise.

- Homogeneizar

Coleta de sangue capilar

É conseguido pela punção no calcanhar em crianças, na margem livre do lóbulo da orelha e na face palmar do dedo da mão.

Procedimento:

- Fazer assepsia do local com álcool;

- Esperar secar e introduzir no local da punção uma lanceta (descartável e estéril);

- Permitir o escoamento livre do sangue e não espremer para que não haja diluição do sangue com a linfa (liquido tissular) e sempre desprezar a primeira gota, pois contendo liquido tissular e material exógeno;

- Realizar a coleta com tubo capilar com ou sem anticoagulante apenas tocando na gota de sangue;

- Pressionar o local da punção com um pedaço de algodão embebido com álcool até cessar o sangramento.

Coleta de sangue á vácuo




O sistema de coleta a vácuo consiste de uma agulha, um adaptador tubo-agulha e o tubo de coleta.

Os tubos de coleta com vácuo são produzidos para determinados volumes de sangue, que é determinado pelo tamanho do tubo e seu vácuo. Tubos com várias capacidades estão disponíveis desde 2 mL até acima de 20 mL.

Muitos tubos de coleta com vácuo contêm aditivos ou anticoagulantes utilizados para coletar amostras para diferentes análises. A cor da tampa do tubo de coleta é codificada para definir se existe algum aditivo ou anticoagulante ou não. As cores usadas em geral são:

- Tampa vermelha: Sem anticoagulantes é utilizado na coleta de sangue para a obtenção de soro para bioquímica e sorologia.

- Lavanda: Adicionado de anticoagulante EDTA sódico ou potássio. Obtém-se sangue total para a hematologia.

- Azul: Adicionado de anticoagulante citrato de sódio para obtenção de plasma para provas de coagulação

- Verde: Adicionado de heparina para a obtenção de plasma para testes bioquímicos.

- Cinza: Adicionado fluoreto de potássio (inibe a glicólise) para a obtenção de plasma para a determinação da glicose.


Procedimento:

- Preparar a o suporte para tubos a vácuo com o tubo apropriado.

- Fazer a assepsia unidirecionalmente do local desejado utilizado um algodão umedecido com álcool 70%.

- Colocar o garrote com força moderada a uma distância de mais ou menos 4 dedos da fossa ante cubital.

- Introduzir a agulha na veia desejada utilizando o suporte de tubo a vácuo

- Introduzir o tubo a vácuo, quando atingir a quantidade desejada, retirar o tubo a vácuo do suporte, soltar o garrote assim que o sangue começar a entrar no tubo a vácuo do suporte.

- Quando atingir a quantidade desejada, retirar o tubo a vácuo do suporte, e em seguida retirar a agulha e colocar um algodão seco no local puncionado, pressionando levemente e evitando dobrar o braço.

- Tampar a agulha retirando-a do suporte e descartá-la.

Tubos de Coleta e Anticoagulantes

ANTICOAGULANTES - São substâncias que evitam a coagulação do sangue.

Os tubos estão disponíveis em uma variedade de tipos e tamanhos. Os tubos podem ser estéreis ou não. As tampas coloridas demonstram claramente qual o anticoagulante contido no tubo, ou se não há anticoagulante.

Cor da Tampa

Anticoagulante

Exemplos de Uso

Vermelha

Nenhum

Exames que requerem soro. Ex: (bioquímica e sorologia.

Lilás

EDTA

hematologia e Tipagem sanguinea.

Azul Claro

Citrato de Sódio

Exames de coagulação (TAP, TTPa, Fibrinogênio)

Cinza

Fluoreto de Sódio

Glicose (impede a glicólise)

Verde

Heparina

Alguns exames especiais.

ANTICOAGULANTES

Como já foi citado antes, os anticoagulantes são substâncias usadas para prevenir a coagulação e retardar a deterioração do sangue. A escolha do anticoagulante e da sua quantidade é importante. Escolhido impropriamente interfere com as investigações bioquímicas como o EDTA potássico na dosagem do potássio e o oxalato de amônio na dosagem da ureia. O excesso de anticoagulante líquido dilui o sangue interferindo nas determinações quantitativas.

Alguns anticoagulantes se prestam melhor à hematologia pelas suas propriedades conservadoras da morfologia celular e dos componentes do plasma, especialmente os fatores da coagulação.

O EDTA apresenta propriedade conservadora das células sanguíneas. Impede a aglutinação das plaquetas no sangue. Não deve ser usado para o tempo de protrombina e testes de função plaquetária. O EDTA impede a coagulação ao formar quelatos com o cálcio.

A Heparina inibe a formação de trombina, impedindo a conversão de fibrinogênio em fibrina. Não altera a morfologia e o tamanho celular.

O citrato de sódio é utilizado como anticoagulante nas transfusões de sangue e no estudo da coagulação quando em solução aquosa a 3,8% ( Atividade de protrombina, PTT e fibrinogênio).

Para as transfusões sanguíneas o citrato é combinado com outras substâncias formando o ACDF (ácido cítrico, citrato de sódio, dextrose e fosfato monossódico)















Confecção do esfregaço sanguíneo

A confecção de um bom esfregaço sanguíneo é indispensável a obtenção de corretos resultados e pode ser feita com sangue com anticoagulante ou sem anticoagulante. Considera-se como esfregaço erradamente confeccionado os curtos demais, os finos demais, os com parte de gota sanguínea deixada na cabeça sem estirar, os com paradas e recomeço e aqueles que não deixam margem lateral. As lâminas para o esfregaço devem estar perfeitamente limpas, sem gordura e polidas.




Técnica de Preparação de Esfregaço (Distendido)



a) Trabalhar sobre superfície plana e horizontal.

b) Colocar uma pequena gota de sangue na parte central da lâmina de vidro a 1,5 cm da extremidade fosca ou da etiqueta.

c) Colocar a Lâmina com a face para cima sobre a superfície plana.

d) Com a borda estreita da lâmina em contato com a gota de sangue, formando um ângulo de 50º, espalhar o sangue com um movimento rápido, para formar uma camada delgada de sangue sem atingir a extremidade da lâmina.

e) Deixar secar na mesma posição horizontal.

f) Usar etiqueta adesiva para identificação.

g) O sangue pode ser espalhado também da seguinte maneira: Retirar com a extremidade da própria lâmina espalhadora a gota de sangue. Colocar a extremidade que contém o sangue em contato com a parte central da lâmina em posição horizontal e antes que o sangue, por capilaridade, atinja as bordas laterais da lâmina espalhadora formando um ângulo de 50º, faz-se o deslocamento rápido para formar a camada fina de sangue sem atingir a extremidade da lâmina.




terça-feira, 15 de setembro de 2015

PROTOCOLO PARA AULA PRATICA DE OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS DE MUCOSA BUCAL.

Material:
·         Lâminas de vidro para microscopia
·         Placas de Petri com lamínulas
·         Béquer para descarte cotonetes
·         Béquer para descarte cotonetes usados
·         Papel higiênico fino e macio
·         Pipetas Pasteur
·         Corante azul de metileno 0,5%*
·         Pissetas para água
·         Béquer com Álcool 70% (tamanho suficiente para a lâmina mergulhada em pé)
·         Papel toalha cortado em tiras de aproximadamente
·         Pedaços de papel para cobrir a bancada
·         Microscópios

Procedimento:
1. Com um cotonete raspar, levemente, a parte interna da bochecha.
2. Fazer um esfregaço espalhando sobre uma lâmina de vidro o material raspado da bochecha.
3. Fixar o material mergulhando a lâmina com o esfregaço em álcool 70%.
4. Aguardar 2 minutos.
5. Retirar a lâmina do álcool e escorrer o excesso de líquido em um pedaço de papel filtro.
6. Colocar a lâmina sobre a placa de petri e pingar, sobre a região do esfregaço, uma gota de azul de metileno.
7.  Aguardar 2 minutos.
8. Com o auxílio de uma pisseta, remover o excesso de azul de metileno, jogando sobre a lâmina um jato de água.
9.  Com o auxílio da pipeta Pasteur pingar uma gota de água sobre a região do esfregaço.
10.  Cobrir a preparação com uma lamínula.
11. Retirar as bolhas de ar pressionando levemente a lamínula com um cotonete limpo.
12. Colocar a preparação sobre um pedaço de papel filtro dobrado.
13. Pressionar levemente para retirar o excesso de líquido.
14. Observar ao microscópio o material, usando a objetiva de 10x e em seguida a de 40x. Girar vagarosamente o micrométrico para obter o melhor foco. Fazer um desenho das células observadas.
 OBS..: Se você dispor utilize swabes ao invés de cotonetes, são mais adequados.