sábado, 20 de abril de 2013

PROTEÍNAS E ALIMENTAÇÃO


As proteínas e nossa alimentação






O desenvolvimento saudável de uma criança depende do fornecimento de proteína de qualidade. Por proteínas de qualidade entende-se as que possuem todos os aminoácidos essenciais para a nossa espécie. A maturação cerebral depende do fornecimento correto, na idade certa, das proteínas de alto valor nutritivo. Pobreza de proteínas na infância acarreta sérios problemas de conduta e raciocínio na fase adulta.
A doença conhecida como Kwashiorkor, em que a criança apresenta a abdômen e membros inchados, alteração na cor dos cabelos e precário desenvolvimento intelectual, é uma manifestação de deficiência proteica na infância e mesmo em adultos.

As autoridades mundiais estão cada vez mais preocupadas com a correta alimentação dos povos que, normalmente, não possuem acesso fácil aos alimentos proteicos.
Em muitas regiões do mundo, as pessoas recorrem aos alimentos ricos em carboidratos (excelentes substâncias fornecedoras de energia), porém pobre em aminoácidos.
Elas engordam, mas apresentam deficiência em proteínas. O ideal é incentivar o consumo de mais proteínas e obter, assim, um desenvolvimento mais saudável do organismo.
As proteínas mais "saudáveis", de melhor qualidade, são as de origem animal. As de maior teor em aminoácidos essenciais são encontradas nas carnes de peixe, de vaca, de aves e no leite.
Um aspecto importante a ser considerado no consumo de cereais, é que eles precisam ser utilizados sem ser beneficiados. No arroz, sem casca e polido, o que sobra é apenas o amido, e o mesmo ocorre com os grãos de trigo no preparo da farinha. Deve-se consumir esses alimentos na forma integral, já que as proteínas são encontradas nas películas que recobrem os grãos. Mais recentemente tem se incentivado o consumo de arroz parbolizado (do inglês, parboil = ferventar), isto é, submetido a um processo em que as proteínas da película interna à casca aderem ao grão. Outra grande fonte de proteínas é a soja e todos os seus derivados.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

PLACA DE PETRI


Os cientistas ficavam frustrados ao estudar culturas de células antes de 1877, os recipientes usados eram tigelas ou garrafas, mas era difícil de trabalhar e ficavam contaminados, quando Richard Petri criou o instrumento que hoje leva seu nome:

A Placa de Petri.

Placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro, metal ou plástico que biólogos utilizam para a cultura de micróbios.
desenho de Julius Richard Petri
Julius Richard Petri nasceu em Barmen no dia 31 de maio de 1853 e morreu em Zeitz no dia 20 de dezembro de 1921, foi um importante bacteriologista alemão. Petri estudou medicina na Kaiser-Wilhelm-Academia para Médicos Militares de 1871 a 1875 e recebeu o diploma de medicina em 1876. Continuou os estudos no Hospital Charité em Berlim e serviu como médico militar até 1882.
Entre 1877 e 1879, foi designado para o Kaiserliches Gesundheitsamt (Gabinete Imperial de Saúde) em Berlim, onde se tornou assistente de Robert Koch médico, patologista e bacteriologista. Petri criou um recipiente redondo com tampa e de pequeno porte ( Placa de Petri), que fez o processo científico tornar-se fácil de executar, permitindo que as células amadurecessem rapidamente com o auxílio de uma mistura de crescimento, transformando-se em modelos mais simples para análise e desenvolveu a técnica de cultura em ágar para purificar e clonar colônias de bactérias derivadas de uma única célula. Com este avanço, foi possível identificar com rigor bactérias responsáveis por certas doenças.
Placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro, metal ou plástico que biólogos utilizam para a cultura de micróbios.
Kit Clássico da Placa de Petri
Hoje a descrição de uma Placa de Petri ou caixa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro, metal ou plástico que biólogos utilizam para a cultura de micróbios. O nome foi dado a este instrumento de laboratório em honra Julius Richard Petri. Normalmente para ser usada em microbiologia a Placa de Petri é parcialmente cheia com um caldo líquido de ágar onde estão misturados alguns nutrientes, sais e aminoácidos, de acordo com as necessidades específicas do metabolismo do micróbio a estudar. Depois que o ágar se solidificar é colocado uma amostra contaminada pelo micróbio (alguns micróbios têm de ser colocados enquanto o ágar se encontra quente).
Placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro, metal ou plástico que biólogos utilizam para a cultura de micróbios.
Placa de Petri empilhada
Placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro, metal ou plástico que biólogos utilizam para a cultura de micróbios.
Placa de Petri – bactéria
As Placas de Petri modernas podem vir dotadas de anéis que seguram a tampa à base, quando empilhadas, para evitar deslizamentos.

Placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro, metal ou plástico que biólogos utilizam para a cultura de micróbios.
Placa de Petri – germinação
Além deste uso (placa de ágar), a Placa de Petri é utilizada para observar a germinação das plantas e de grãos de pólen ou para observar o comportamento de pequenos animais, entre outros.
 




TUBO DE ENSAIO

Tubo de ensaio 
 Usado para teste de reações em pequena escala.

PIPETA

Pipeta: responsável por medir e transferir líquido. Pode ser encontrada em dois tipos, sendo pipeta graduada e pipeta volumétrica. A Graduada permite medir os volumes que são variáveis e a volumétrica além de medir, transfere o volume.
 

BALÃO VOLUMÉTRICO

O balão volumétrico, é um recipiente com forma de pera, de fundo plano e com um gargalo retilíneo, comprido, estreito e com tampa, no qual está gravado uma marca transversal que indica o volume exato do recipiente a 20o C.
O balão volumétrico é usado para preparar soluções de concentração rigorosa e para medir o volume de líquidos. Assim, como todo o material de medida exata, não se devem aquecer nem introduzir sólidos no seu interior.
Os balões volumétricos são de vidro e as capacidades mais frequentes são as de 50, 100, 250, 500 e 1000 ml.

principais vidrarias de laboratórioBalão volumétric

BALÃO DE FUNDO REDONDO

Balão de Fundo Redondo

principais vidrarias de laboratório
Balão de fundo redondo
Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a ROTAEVAPORADOR.
O balão de fundo redondo é um recipiente de forma esférica, redondo no fundo, com uma embocadura (gargalo) na sua extremidade superior para enchimento e ligação a outras peças de equipamento laboratorial e com um tubo de saída lateral.
A sua aplicação restringe-se à destilação, processo de separação de constituintes de misturas líquidas ou eliminação de impurezas, onde serve de recipiente para o aquecimento energético – normalmente manta de aquecimento, bico de Bunsen ou banho – do fluído até este entrar em ebulição.
O balão de destilação, como também é conhecido, só deve estar cheio até cerca de metade da sua capacidade, para evitar projeções do líquido.
O balão de fundo redondo é de vidro, uma vez que a sua utilização exige temperaturas muito elevadas não podendo por este fato ser de outro material.

ERLENMEYER

Erlenmeyer

principais vidrarias de laboratório
Erlenmeyer

O  Erlenmeyer é um frasco de vidro ou plástico que leva o nome do químico alemão, Emil Erlenmeyer. Sua utilização é vasta, podendo ser usado para misturas e soluções, mas a sua utilização mais comum é para a titulação, processo que determina a quantidade de uma determinada substância em uma solução.
A boca estreita do Erlenmeyer se torna uma vantagem quando o solvente é volátil, impedindo-o de evaporar. Da mesma forma, em soluções químicas, o bico estreito não permite respingamento, mesmo quando há agitação de seu conteúdo. A agitação, aliás, é uma de suas utilizações, já que facilita algumas reações químicas.
Sua parede em forma de cone invertido evita que o líquido em seu interior espirre para fora.
Apesar de amplamente utilizado, o erlenmeyer possui limitações, já que não podem ser utilizados para determinar medidas precisas, e sim medidas aproximadas.
Em alguns experimentos, o erlenmeyer pode ser desaerado e tampado, para que não ocorra qualquer influência externa ou em compostos sensíveis ao ar.
O erlenmeyer também pode ser aquecido diretamente no Bico de Bunsen, função que também é bastante utilizado em titulações. O erlenmeyer é usado em associação com diversos materiais, como a bureta e a pipeta. Pode ser utilizado para a criação de culturas bacterianas também..
Apresenta variações de tamanhos de bocas, tampas de vidro esmerilhado e plástico e inclusive estrias em suas paredes para melhor homogenização de soluções

BECKER

As principais vidrarias de laboratório são de uso geral

Becker

principais vidrarias de laboratório
                        copo becker
O béquer, becker, copo ou gobelé é um recipiente simples utilizado em laboratório. Béqueres são geralmente de formato cilíndrico com fundo chato e um bico em sua parte superior. Eles são graduados, oferecendo medidas pouco precisas. Não há um tamanho padrão para esses materiais, podendo medir volumes muito pequenos, de poucos mililitros, até volumes maiores, com vários litros.
De modo muito grosseiro efetua-se medidas com o copo de Becker, pois a sua medida é muito imprecisa (normalmente com precisão variante em 5% do mercado). Os béckers são frascos T.C. (to contain) como o tubo de ensaio ou os erlenmeyers. Suas principais diferenças são:
• Apresentar uma escala para medição aproximada
• Possuir base plana para uso autônomo
• Conter bico para transferência
• Ser provido de boca larga
Seu uso é recomendado para experimentos e misturas. Feito de vidro pyrex refratário ou de polímeros como o polietileno ou o polipropileno, o bécker pode ser utilizado em uma ampla faixa de temperatura. Suas capacidades volumétricas mais comuns são de 80 a 400mL, mas indo até 4L ou mais entre os feitos de vidro e 20L entre os de polímeros.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

REPRODUÇÃO BACTERIANA


Cissiparidade ou bipartição
Divisão de uma célula em outras, exatamente iguais. É o processo mais comum de reprodução assexuada de seres unicelulares. Calcula-se que uma célula bacteriana dividisse a cada 20 minutos, depois de 24.










Conjuração Bacteriana
Duas bactérias formam uma ponte entre elas, que permite a troca de material genético. Depois, as bactérias se separam e continuam a reprodução assexuada por cissiparidade.


MORFOLOGIA BACTERIANA


Morfologia

  • cocos: bactérias esféricas
  • espirilos: bactérias espiraladas
  • bacilos: bactérias bastão
  • vibriões: bactérias vírgula

  • Muitas possuem flagelos que permitem a locomoção.


ESTRUTURA BACTERIANA




 As bactérias apresentam grande variedade de formas e tamanhos de acordo com o grupo a que pertencem, elas podem ser divididas em três grandes grupos: os cocos (formas aproximadamente esféricas), os bacilos (formas alongadas) e as bactérias espiraladas (vibriões “bacilos curvados” espirilos e espiroquetas que são as formas espiraladas).
A morfologia é uma característica genética e as bacterianas são geralmente monomórficas, ou seja, mantêm sempre a mesma forma. Mutações genéticas e condições de cultivo podem alterar a morfologia original de forma definitiva ou transitória, respectivamente. Algumas poucas bactérias são pleomórficas, sem forma definida
As bactérias podem ocorrer como células isoladas ou agrupadas que chamamos de arranjos, algumas bactérias dividem-se de tal forma que formam blocos, cadeias em pares, tétrades, agregados por exemplo. Os diversos arranjos das células bacterianas são consequências da fisiologia celular.

Parede celular:
A parede celular é uma estrutura rígida e porosa que envolve externamente a membrana plasmática de quase todas as bactérias conhecidas. Suas propriedades básicas são a de determinar a forma característica da bactéria e garantir sua integridade estrutural. A parede celular é constituída por uma complexa matriz polissacarídica denominada peptidoglicano ou mureína.
O peptidoglicano é um polímero imenso, rígido, resistente, poroso e insolúvel constituído de uma rede de cadeias de polissacarídios interconectadas por pequenas cadeias peptídicas.
A estrutura do peptidoglicano não funciona como barreira seletiva no mesmo nível da membrana plasmática permitindo a difusão de muitas moléculas como água e nutrientes, mas podem representar uma barreira para certos corantes, alguns antibióticos, sais biliares, metais pesados e enzimas hidrolíticas como a lisozima.
A estrutura da parede celular separa as bactérias em dois grandes grupos: as Gram-positivas e as Gram-negativas


MORFOLOGIA BACTERIANA







terça-feira, 16 de abril de 2013

MUCOPOLISSACARIDOSES

Entenda a doença


Mucopolissacaridoses (MPS), uma doença genética grave e de difícil diagnóstico, causada por erros inatos no metabolismo que levam à ausência ou deficiência de enzimas no organismo.

O bebê nasce com a doença a partir de "defeitos" nos genes dos pais, ou de um deles. Há vários tipos da doença, sendo menos ou mais graves, mas todas afetam diretamente na qualidade de vida da criança, que fica com baixa estimativa de vida se a doença não é diagnosticada precocemente. Não há cura ainda, mas há tratamento - feito através de reposição enzimática. A estimativa e qualidade de vida aumentam quanto antes começar o tratamento. É recomendado haver acompanhamento de um médico geneticista - que entenderá melhor a doença -, de fisioterapeuta, pediatra, entre outros profissionais. Para que o tratamento seja eficaz, é preciso que a doença seja detectada logo quando o paciente nasce, até o primeiro ano de vida. Após isso, as complicações e o avanço da doença fazem com que o tratamento e os acompanhamentos não melhorem muito a vida da criança. Dentre as consequências da falta ou deficiência de enzimas no lisossomo, estão: Macrocefalia (aumento da cabeça), deficiência mental, alterações da face, aumento do tamanho da língua, dificuldade visual e auditiva, má formação dos dentes, atraso no crescimento, insuficiência de válvulas cardíacas, aumento do fígado ou do baço, etc. Os sintomas dependem do grau da doença, que se subdivide em 7 tipos.
Com o tratamento precoce, a criança consegue ter uma vida melhor e ter atividades cognitivas normais, podendo se tornar um profissional quando adulta e ser produtiva
MPS

alfa-galactosidase


Doença de Fabry: Uma enzima em falta

É a insuficiência ou ausência de uma enzima essencial que está na origem da Doença de Fabry, caracterizada pela acumulação de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos e dos tecidos. É uma patologia rara e hereditária que afeta sobretudo os homens. Tudo começa com uma mutação no gene GLA, onde está localizada a enzima alfa-galactosidase, responsável pela degradação e eliminação de um tipo de gorduras específicas (GL-3). Essa mutação genética faz com que, num determinado organismo, não haja produção desta enzima ou que a sua actividade seja insuficiente: a consequência é a acumulação progressiva daquela gordura no interior das células, sobretudo nas paredes dos vasos sanguíneos. É um processo generalizado a todo o corpo, o que significa que não há tecidos nem órgãos imunes. Com o acumular da gordura, coração, rins e cérebro, entre outros, vão deixando de funcionar corretamente  causando problemas e complicações que podem pôr em risco a vida. É quase sempre na infância que a Doença de Fabry se manifesta, sendo a dor o primeiro sintoma e o mais comum. Provavelmente causada por uma lesão no sistema nervoso, surge, em muitos doentes, associada a variações do clima, exercício físico intenso e stress. E pode manifestar-se de duas formas diferentes - através de sensações como ardor, formigueiro, picadas e desconforto constante nas mãos e nos pés (são as acroparestesias) ou através de episódios de dor intensa, descrita como uma queimadura, inicialmente sentida nos pés e nas mãos mas irradiando para outras partes do corpo (são as chamadas crises de Fabry, passíveis de causar um elevado grau de incapacidade). Comum entre os doentes é a dificuldade, ou até impossibilidade, de suar, o que se deve à acumulação da gordura nas glândulas sudoríparas e a lesões no sistema nervoso autônomo  O resultado são episódios de febre sem causa aparente, o sobreaquecimento em exercício físico e a intolerância ao calor. Já o sinal mais visível desta doença rara é uma característica erupção cutânea, com lesões de cor vermelha escura e espessas. São os angioceratomas, localizados sobretudo entre o umbigo e os joelhos, mas podendo também surgir nas pregas cutâneas (cotovelos e joelhos). E tanto podem ser semelhantes à ponta de um alfinete como ter vários milímetros. Os olhos também sofrem com a ausência da enzima alfa-galactosidase. A gordura acumula-se na córnea, dando origem a zonas opacas com um padrão que imita os raios de uma roda de bicicleta ou uma espiral. No entanto, estas opacidades não perturbam a visão. Comuns são ainda as queixas digestivas, com dor após as refeições, náuseas e vômitos  Problemas renais e cardíacos, com risco de insuficiência dos órgãos, e problemas neurológicos, com risco de acidente vascular cerebral em idade jovem, estão também associados à Doença de Fabry. O mesmo acontece com perturbações do foro neurológico, sendo frequentes sentimentos de desespero, negação dos sintomas e depressão.


Do cromossoma X
A Doença de Fabry é hereditária, o que significa que passa de pais para filhos.
E passa através do cromossoma X, de que o homem recebe uma cópia e as mulheres duas. É por isso que esta patologia afeta sobretudo, mais gravemente e em idades mais jovens o sexo masculino. A mutação genética responsável pela doença localiza-se no cromossoma X, que o homem transmite às filhas e a mulher aos filhos ou às filhas. Isto significa que nenhum filho de um homem com a doença herda o gene defeituoso, mas todas as filhas o recebem. Se a mutação genética for transmitida pela mãe todos os filhos têm uma probabilidade de 50% de a herdar, independentemente do sexo. A doença pode afetar  pois, qualquer pessoa que herde uma mutação do gene GLA. Mas a gravidade dos sintomas depende da produção da enzima alfa-galactosidase: as mulheres podem apresentar desde níveis muito próximos do normal até à ausência total de atividade; já os homens, normalmente, têm pouca ou nenhuma atividade enzimática, pelo que, neles, a doença tende a ser mais grave e a declarar-se mais cedo. Dado que a doença decorre da insuficiência ou ausência de uma enzima o tratamento visa, precisamente, repor os níveis normais, neste caso de alfa-galactosidase. É a chamada terapia enzimática de substituição, que se faz com dois produtos aprovados em 2001. Esta é uma doença que surge num em cada 40 mil bebés do sexo masculino, não existindo, porém, dados sobre a sua incidência em Portugal.




FALTA DA ENZIMA LACTASE



A intolerância a lactose

Quanto mais lactose é consumida, piores são os sintomas. A deficiência primária em lactase é um problema.
A alergia alimentar é uma reação hipersensível a uma substância geralmente inofensiva. Existe uma grande variedade de agentes alérgenos que podem incomodar seu filho. Dentre eles a intolerância a lactose é o mais comum. Ela é causada pela falta da enzima "lactase", responsável pela "digestão" do açúcar do leite (lactose) e de seus derivados. Este problema quase sempre é hereditário. As reações alérgicas podem ocorrer imediatamente após a ingestão do agente alérgeno, ou podem ser retardadas e levar dias para aparecerem (o que em geral dificulta a identificação do agente agressor). Os sintomas mais comuns de uma reação alérgica a lactose são: dores abdominais, gases (flatulência), sensação de inchaço, cólicas e diarreia  Quando a lactose não é digerida, ele passa pelos intestinos e pode causar edemas e irritações que dificultam a absorção de vitaminas e minerais. Quanto mais lactose é consumida, piores são os sintomas. A deficiência primária em lactase é um problema que dura a vida inteira, sendo necessário substituir o leite e seus derivados continuamente da dieta. Mas também existe, outro tipo de intolerância a lactose chamada vulgarmente de "temporária", que se manifesta quando o organismo do bebê ainda não está "maduro" o suficiente, para assimilar grandes doses de lactose. Este tipo de deficiência tende a desaparecer com a idade. Para identificar e tratar de uma criança com intolerância a lactose é FUNDAMENTAL a avaliação MÉDICA. O tratamento de intolerância a lactose baseia-se na fixação de um nível de tolerância. É importante que se destaque que "Intolerância a Lactose" NÃO é o mesmo que "Alergia ao Leite". A Alergia ao leite é uma reação com sintomas muito mais severos (congestão respiratória, edema, coceira, vômitos, etc.) e que ocorre quando a PROTEÍNA do leite é ingerida. Já a intolerância a lactose surge devido ao AÇÚCAR do leite. Ao ser diagnosticada a intolerância a lactose, o primeiro passo é seguir rigorosamente a dieta prescrita pelo médico. Como uma dieta isenta de lactose elimina grande parte do leite e dos lacticínios, o risco de baixa ingestão de cálcio é grande, e isto deve ser controlado pelo pediatra. Como a intolerância a lactose NÃO é uma doença e sim uma deficiência do organismo, ela pode ser facilmente controlada, permitido que a criança tenha uma vida saudável e tranquila  Alimentos permitidos: * Carnes, vegetais, frutas; gorduras, óleos, açúcares * Grupo dos pães, massas e cereais: Observar se na composição dos pães e massas não incluam leite e seus derivados. * Grupo do leite, iogurte e queijos: EVITAR todos os produtos que contenham lactose. Alguns leites já são produzidos sem lactose. No caso dos queijos, pode-se optar pelos a base de soja (como o tofu), e nos iogurtes deve-se seguir a orientação MÉDICA (algumas crianças reagem bem a lactose fermentada destes produtos, outras não). * Habitue-se a ler as embalagens de TODOS os produtos que adquirir para o seu filho (sopas, pães, biscoitos, "papinhas", etc.) * Em caso de fezes muito ácidas (que causem assaduras) dê vários banhos mornos no bebê para aliviar o desconforto e troque as fraldas freqüentemente. (Nos casos mais graves é indicado deixar a criança sem fraldas o maior tempo possível). Aplique o creme anti-assaduras sempre. * Avise a todos que convivem com a criança (mesmo que esporadicamente) sobre a necessidade de seu filho evitar lactose. * Alimentos processados podem conter uma série de ingredientes que muitas vezes não estão especificados no rótulo. Prefira os alimentos naturais preparados por você ou pessoas de sua confiança. * Para compensar a falta de cálcio, inclua na dieta de seu filho: espinafre (1 xícara de chá= 150mg de cálcio), brócolis (1 talo médio=100mg), melado (3 colheres de sopa= 100mg), feijão branco (1 xícara de chá= 100mg), queijo tofu (100g=100mg), couve cozida (1 xícara de chá= 250mg). A criança com intolerância a lactose pode ter uma vida absolutamente normal, basta para isto, seguir a dieta recomendada pelo médico e evitar o leite e seus derivados.

TIPOS DE DIETAS HOSPITALARES


Tipos de dietas hospitalares

 
As dietas especiais são divididas pela consistência dependendo da patologia ou dificuldade apresentada pelo paciente
Hídrica Pré e pós-operatório, preparo de alguns exames, hidratação, manutenção do trato gastrointestinal. Baixo teor calórico e protéico.
Ex.: chá, caldo de carne e vegetais, suco coado não laxante (limonada e laranjada). Isenta 




CONSISTÊNCIAINDICAÇÕESALIMENTOS PERMITIDOSFIBRA
Líquida S/RPré e pós-operatório do TGI, mastigação, deglutição, perturbações do aparelho digestivo, diarréia aguda, infecções graves.Dieta altamente restritiva, e nutricionalmente inadequada em nutrientes. Não deve ser utilizada por mais de 3 dias por fornecer quantidade inadequada de caloria.
Ex.: canja, gelatina, sopa de legumes, chá.
Isenta
LíquidaProblemas de mastigação e deglutição, casos de afecções do TGI, e em alguns pré e pós-operatórios.Alimentos liquidificados, líquidos, leite, suco, caldo, gelatina e mingau ralo.Baixo teor
PastosaAlterações da boca ou esôfago, dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós-operatórios, idosos, danos neurológicos ou sem arcada dentária.Sopa em consistência de creme, purê, mingau, carne batida ou triturada e fruta na forma de purê.Normal
LeveFunção do TGI reduzida, dificuldade de mastigação e deglutição e pós-operatórios.Sopa, purê, carne macia, moída ou desfiada, legumes e verduras bem cozidos. Proibido frituras.Normal
BrandaDificuldade de mastigação e deglutição, pós-operatórios, presença de gastrite ou úlcera péptica.Retirar alimentos gordurosos, frituras, condimentos picantes, conservas, bebidas alcoólicas. Abrandar todos os alimentos.
Ex.: arroz papa, caldo de feijão, carne macia. Proibido frituras e condimentos.
Normal
GeralNão necessitam modificações em nutrientes e na consistência.Consistência normal, fracionamento de 5 a 6 refeições por dia.Normal

INTOLERÂNCIA A LACTOSE


Intolerância à Lactose

Ela é causada pela falta da enzima “lactase”, responsável pela “digestão” do açúcar do leite (lactose) e de seus derivados. Este problema quase sempre é hereditário. As reações alérgicas podem ocorrer imediatamente após a ingestão do agente alérgeno ou podem ser retardadas e levar dias para aparecer (o que em geral dificulta a identificação do agente agressor). Os sintomas mais comuns de uma reação alérgica à lactose são: dores abdominais, gases (flatulência), sensação de inchaço, cólicas e diarreia. Quando a lactose não é digerida, ela passa pelos intestinos e pode causar edemas e irritações que dificultam a absorção de vitaminas e minerais. Quanto mais lactose é consumida, piores são os sintomas. A deficiência primária em lactase é um problema que dura a vida inteira, sendo necessário substituir o leite e seus derivados na dieta. Mas também existe outro tipo de intolerância à lactose chamada vulgarmente de “temporária”, que se manifesta quando o organismo do bebê ainda não está “maduro” o suficiente para assimilar grandes doses de lactose. Este tipo de deficiência tende a desaparecer com a idade.  Para identificar e tratar de uma criança com intolerância a lactose é FUNDAMENTAL a avaliação MÉDICA. O tratamento de intolerância a lactose baseia-se na fixação de um nível de tolerância. É importante que se destaque que “Intolerância a Lactose” NÃO é o mesmo que “Alergia ao Leite”. A alergia ao leite é uma reação com sintomas muito mais severos (congestão respiratória, edema, coceira, vômitos, etc.) e que ocorre quando a PROTEÍNA do leite é ingerida. Já a intolerância a lactose surge devido ao AÇÚCAR do leite. Ao ser diagnosticada a intolerância a lactose, o primeiro passo é seguir rigorosamente a dieta prescrita pelo médico. Como uma dieta isenta de lactose elimina grande parte do leite e dos lacticínios, o risco de baixa ingestão de cálcio é grande, e isto deve ser controlado pelo pediatra. Como a intolerância a lactose NÃO é uma doença e sim uma deficiência do organismo, ela pode ser facilmente controlada, permitido que a criança tenha uma vida saudável e tranquila.

Alimentos permitidos:

* Carnes, vegetais, frutas, gorduras, óleos, açúcares.

* Grupo dos pães, massas e cereais: observar se na composição dos pães e massas não incluam leite e seus derivados.

* Grupo do leite, iogurte e queijos: EVITAR todos os produtos que contenham lactose. Alguns leites já são produzidos sem lactose. No caso dos queijos, pode-se optar pelos a base de soja (como o tofu), e nos iogurtes deve-se seguir a orientação MÉDICA (algumas crianças reagem bem a lactose fermentada destes produtos, outras não).

* Habitue-se a ler as embalagens de TODOS os produtos que adquirir para o seu filho (sopas, pães, biscoitos, “papinhas”, etc.)

* Avise a todos que convivem com a criança (mesmo que esporadicamente) sobre a necessidade de seu filho evitar lactose.

* Alimentos processados podem conter uma série de ingredientes que muitas vezes não estão especificados no rótulo. Prefira os alimentos naturais preparados por você ou pessoas de sua confiança.

* Para compensar a falta de cálcio, inclua na dieta de seu filho: espinafre (1 xícara de chá= 150mg de cálcio), brócolis (1 talo médio=100mg), melado (3 colheres de sopa= 100mg), feijão branco (1 xícara de chá= 100mg), queijo tofu (100g=100mg), couve cozida (1 xícara de chá= 250mg).

A criança com intolerância a lactose pode ter uma vida absolutamente normal, basta para isto seguir a dieta recomendada pelo médico e evitar o leite e seus derivados.