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quarta-feira, 5 de março de 2014

HISTORIA DA BIOLOGIA MOLECULAR




 A história da biologia molecular é bem interessante, pois é uma área que iniciou seus trabalhos junto à descoberta dos ácidos nucleicos DNA e RNA, no ano de 1953 pelos cientistas Watson e Crick, que também sugeriram um modelo para sua replicação e a descoberta das bases nitrogenadas Adenina, Timina, Guanina e Citosina.
Biologia Molecular A Biologia Molecular é um ramo da Biologia que explora o estudo da vida em escalas moleculares. Seu principal foco é o estudo de genética, DNA, produção de proteínas e o material genético em geral. Seu campo de estudos é bem amplo. Seus estudos são baseados nas relações entre esse material genético e a produção de proteínas, assunto que envolve várias áreas. A Biologia Molecular tem ligação intima com outras áreas de estudo, como bioquímica e a genética.
Os objetos de estudo da Biologia Molecular são todas ligadas às informações genéticas, hereditariedade, DNA, e células. Todas essas coisas são alvo principal de outras áreas de pesquisa.
A genética também explora esses fenômenos, embora a Biologia Molecular dê mais ênfase no grau molecular da pesquisa. A diferença básica entre essas áreas é que, enquanto essas áreas trabalham com análise macro ou microscópica de tecidos ou células, a biologia molecular trabalha num nível submicroscópico. Essa diferença se fez possível pelo avanço da tecnologia. Tanto é que, a Biologia Molecular é um campo bem mais novo que as outras áreas ligadas a ela. Sendo assim, a biologia molecular estuda a nível molecular enquanto a genética a um nível celular.
Na verdade, não há como dizer, exatamente, que a Biologia Molecular é um campo mais novo ou não de outras áreas, como a genética. Isso porque eventos importantes para uma área não é, necessariamente, para outra. Podemos dizer que a Biologia Molecular é, na verdade, uma área menos explorada que a outras.
Os eventos, importantes para a construção da história dessas áreas têm início em 1665, quando Roberto Hooke fez a primeira observação de uma célula num microscópio.
Em 1831 Robert Brown descobriu a unidade nuclear presente nas células, o que possibilitou que, em 1865, Gregor Mendel pudesse desenvolver a lei da hereditariedade. Essa lei foi desenvolvida com estudos em que Mendel isolava o núcleo de células de pus de feridas (isso porque eram células de núcleo maior e mais fáceis de isolar). Na lei da hereditariedade, era citada que as características hereditárias, eram transportadas por unidades que, mais tarde, seriam denominadas célula.
Em 1869 Friedrich Miescher descobriu o ácido nucleico e, em 1882, Walther Flemming descobre a existência e atividade dos cromossomos. Já no século XX, em 1915, Thomas Morgan relacionou a ligação dos genes com os cromossomos, o que deu início à teoria cromossômica de herança. Vinte nove anos depois (1944), houve um salto no estudo da herança genética: foi aceito que, segundo Oswald Avery, as informações genéticas estavam guardadas no DNA enquanto o consenso da época era de que essas informações estariam nas proteínas produzidas pelo DNA.
Em 1953 James Watson e Francis Crick foram responsáveis por mostrar, de forma tridimensional, como poderia ser a molécula do DNA. Cinco anos mais tarde Matthew Meselson e Franklin Stahl notaram que o DNA se multiplica de forma semiconservativa, ou seja, o DNA, ao se multiplicar, apesar de variar informações contidas nele, conservava algumas características genéticas que seriam passadas para outras gerações. Essas partes, responsáveis por perpetuar informações genéticas eram os genes. Esse ano é apontado, para muitos, como inicio da Biologia Molecular. Isso porque essa montagem de DNA deu origem a outras várias descobertas que levaram ao estudo dessa área.
Marshall Nirenberg e Har Khorana, em 1966, conseguiram decifrar o código genético humano, dando mais informações sobre nossa formação, enquanto, em 1982, Richard Palmiter e Ralph Brinster criaram o primeiro exemplar vivo de clonagem, um camundongo. Já em 1985, Alec Jeffreys, foi responsável por desenvolver a técnica de impressão digital por DNA. É o que possibilita os atuais exames de criminalística e de paternidade por meio do qual se analisam semelhanças de pessoas com seus respectivos DNAs.
No final do século XX, em 1996, Ian Wilmut clona o primeiro mamífero adulto, nesse caso uma ovelha. O clone foi chamado Dolly. Apesar de esses casos ganharem destaques na mídia e instigarem tanto a comunidade científica como a população, através de debates que colocam a prova o código de ética e a ética médica, a clonagem natural já existe há tempos.
Finalmente, em 2001, cientistas do mundo divulgaram o mapeamento de 99% genoma humano com uma precisão de 99%.
Toda a complexidade do corpo humano ainda é um mistério para cientistas. É, ao mesmo tempo, um fascínio pensar no quão sofisticado é o funcionamento da máquina humana. Desde a respiração, um ato que repetimos em torno de 576 vezes ao dia, até a transformação no corpo feminino quando ele vai fazer um parto, podemos enxergar que existem milhares de células, tecidos, órgãos, sistemas envolvidos. Isso nos faz pensar que ainda há muito a se estudar e descobrir a respeito de nosso funcionamento.
Com a possibilidade de estudar as características moleculares em condições mais aprofundadas. A Biologia Molecular abre uma série de possibilidades para tratamentos, fabricação de remédios e ainda outras soluções para saúde. Estudar como funciona o sistema de herança genética pode ajudar a descobrir doenças que uma pessoa recém-nascida ou que ainda vai nascer tem mais possibilidade de obter ao longo da vida. Sendo assim, essa pessoa pode receber tratamento antes mesmo que a doença se manifeste ou que a mesma seja atingida pela tal doença.
Pelo grande potencial que tem, a Biologia Molecular é uma área vista como promissora num cenário científico de tradicionais campos de pesquisas. Além do mais, qualquer estudo que busque entender o funcionamento do corpo é válido e merece atenção.
A biologia é dividida em várias áreas e uma das mais complexas é a biologia molecular. Ela estuda os padrões moleculares baseados em aprofundamento genético e bioquímico. Esses padrões definem as estruturas e funções do material genético e seus produtos de expressão (proteínas), analisa a interação entre diversos sistemas celulares entre eles a interação entre DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico) e a síntese proteica.
A bioquímica molecular classifica-se como estudo das reações químicas que ocorrem em organismos vivos.


A história mostra que a microbiologia foi fundamental para o desenvolvimento da biologia molecular, pois a grande parte dos conceitos chave e das técnicas usadas na Biologia Molecular foi fundamentada a partir de estudos e experimentos realizados utilizando: bactérias, fungos e vírus (principalmente Bacteriófagos - Vírus que infectam e destroem bactérias). Como não há diferença entre as disciplinas no fundamento de seus estudos, classifica-se a biologia molecular como intermediária entre a Bioquímica e a Genética.
As principais descobertas são bem recentes como exemplo a forma exata de divisão celular mostrando que pode haver erros durante o processo, a interação entre as células e suas organelas, sistema imunológico e outros.
A biologia molecular é estudada por algumas técnicas específicas para cada tipo de sistema que se relaciona com a obtenção, identificação e caracterização de genes e essas diversas técnicas têm sido desenvolvidas no meio da biologia.

Atualmente as áreas que mais utilizam as técnicas dos estudos moleculares são as doenças genéticas, doenças infectocontagiosas, testes de paternidade e Ciências Forenses (Perícia). Dentre esses, os estudos virais se destacam, pois os vírus possuem carga genética mais simples que os seres humanos.


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