A história da biologia molecular é bem
interessante, pois é uma área que iniciou seus trabalhos junto à descoberta dos
ácidos nucleicos DNA e RNA, no ano de 1953 pelos cientistas Watson e Crick, que
também sugeriram um modelo para sua replicação e a descoberta das bases
nitrogenadas Adenina, Timina, Guanina e Citosina.
Biologia Molecular A
Biologia Molecular é um ramo da Biologia que explora o estudo da vida em
escalas moleculares. Seu principal foco é o estudo de genética, DNA, produção
de proteínas e o material genético em geral. Seu campo de estudos é bem amplo.
Seus estudos são baseados nas relações entre esse material genético e a
produção de proteínas, assunto que envolve várias áreas. A Biologia Molecular
tem ligação intima com outras áreas de estudo, como bioquímica e a genética.
Os objetos de estudo
da Biologia Molecular são todas ligadas às informações genéticas,
hereditariedade, DNA, e células. Todas essas coisas são alvo principal de
outras áreas de pesquisa.
A genética também
explora esses fenômenos, embora a Biologia Molecular dê mais ênfase no grau
molecular da pesquisa. A diferença básica entre essas áreas é que, enquanto
essas áreas trabalham com análise macro ou microscópica de tecidos ou células,
a biologia molecular trabalha num nível submicroscópico. Essa diferença se fez
possível pelo avanço da tecnologia. Tanto é que, a Biologia Molecular é um
campo bem mais novo que as outras áreas ligadas a ela. Sendo assim, a biologia
molecular estuda a nível molecular enquanto a genética a um nível celular.
Na verdade, não há
como dizer, exatamente, que a Biologia Molecular é um campo mais novo ou não de
outras áreas, como a genética. Isso porque eventos importantes para uma área
não é, necessariamente, para outra. Podemos dizer que a Biologia Molecular é,
na verdade, uma área menos explorada que a outras.
Os eventos,
importantes para a construção da história dessas áreas têm início em 1665,
quando Roberto Hooke fez a primeira observação de uma célula num microscópio.
Em 1831 Robert Brown
descobriu a unidade nuclear presente nas células, o que possibilitou que, em
1865, Gregor Mendel pudesse desenvolver a lei da hereditariedade. Essa lei foi
desenvolvida com estudos em que Mendel isolava o núcleo de células de pus de feridas
(isso porque eram células de núcleo maior e mais fáceis de isolar). Na lei da
hereditariedade, era citada que as características hereditárias, eram
transportadas por unidades que, mais tarde, seriam denominadas célula.
Em 1869 Friedrich
Miescher descobriu o ácido nucleico e, em 1882, Walther Flemming descobre a
existência e atividade dos cromossomos. Já no século XX, em 1915, Thomas Morgan
relacionou a ligação dos genes com os cromossomos, o que deu início à teoria
cromossômica de herança. Vinte nove anos depois (1944), houve um salto no
estudo da herança genética: foi aceito que, segundo Oswald Avery, as
informações genéticas estavam guardadas no DNA enquanto o consenso da época era
de que essas informações estariam nas proteínas produzidas pelo DNA.
Em 1953 James Watson
e Francis Crick foram responsáveis por mostrar, de forma tridimensional, como
poderia ser a molécula do DNA. Cinco anos mais tarde Matthew Meselson e
Franklin Stahl notaram que o DNA se multiplica de forma semiconservativa, ou
seja, o DNA, ao se multiplicar, apesar de variar informações contidas nele,
conservava algumas características genéticas que seriam passadas para outras
gerações. Essas partes, responsáveis por perpetuar informações genéticas eram
os genes. Esse ano é apontado, para muitos, como inicio da Biologia Molecular.
Isso porque essa montagem de DNA deu origem a outras várias descobertas que
levaram ao estudo dessa área.
Marshall Nirenberg e
Har Khorana, em 1966, conseguiram decifrar o código genético humano, dando mais
informações sobre nossa formação, enquanto, em 1982, Richard Palmiter e Ralph
Brinster criaram o primeiro exemplar vivo de clonagem, um camundongo. Já em
1985, Alec Jeffreys, foi responsável por desenvolver a técnica de impressão
digital por DNA. É o que possibilita os atuais exames de criminalística e de
paternidade por meio do qual se analisam semelhanças de pessoas com seus
respectivos DNAs.
No final do século
XX, em 1996, Ian Wilmut clona o primeiro mamífero adulto, nesse caso uma
ovelha. O clone foi chamado Dolly. Apesar de esses casos ganharem destaques na
mídia e instigarem tanto a comunidade científica como a população, através de
debates que colocam a prova o código de ética e a ética médica, a clonagem
natural já existe há tempos.
Finalmente, em 2001,
cientistas do mundo divulgaram o mapeamento de 99% genoma humano com uma
precisão de 99%.
Toda a complexidade
do corpo humano ainda é um mistério para cientistas. É, ao mesmo tempo, um
fascínio pensar no quão sofisticado é o funcionamento da máquina humana. Desde
a respiração, um ato que repetimos em torno de 576 vezes ao dia, até a
transformação no corpo feminino quando ele vai fazer um parto, podemos enxergar
que existem milhares de células, tecidos, órgãos, sistemas envolvidos. Isso nos
faz pensar que ainda há muito a se estudar e descobrir a respeito de nosso
funcionamento.
Com a possibilidade
de estudar as características moleculares em condições mais aprofundadas. A
Biologia Molecular abre uma série de possibilidades para tratamentos,
fabricação de remédios e ainda outras soluções para saúde. Estudar como
funciona o sistema de herança genética pode ajudar a descobrir doenças que uma
pessoa recém-nascida ou que ainda vai nascer tem mais possibilidade de obter ao
longo da vida. Sendo assim, essa pessoa pode receber tratamento antes mesmo que
a doença se manifeste ou que a mesma seja atingida pela tal doença.
Pelo grande potencial
que tem, a Biologia Molecular é uma área vista como promissora num cenário
científico de tradicionais campos de pesquisas. Além do mais, qualquer estudo
que busque entender o funcionamento do corpo é válido e merece atenção.
A biologia é dividida
em várias áreas e uma das mais complexas é a biologia molecular. Ela estuda os
padrões moleculares baseados em aprofundamento genético e bioquímico. Esses
padrões definem as estruturas e funções do material genético e seus produtos de
expressão (proteínas), analisa a interação entre diversos sistemas celulares
entre eles a interação entre DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico)
e a síntese proteica.
A bioquímica
molecular classifica-se como estudo das reações químicas que ocorrem em
organismos vivos.
A história mostra que
a microbiologia foi fundamental para o desenvolvimento da biologia molecular,
pois a grande parte dos conceitos chave e das técnicas usadas na Biologia
Molecular foi fundamentada a partir de estudos e experimentos realizados
utilizando: bactérias, fungos e vírus (principalmente Bacteriófagos - Vírus que
infectam e destroem bactérias). Como não há diferença entre as disciplinas no
fundamento de seus estudos, classifica-se a biologia molecular como
intermediária entre a Bioquímica e a Genética.
As principais
descobertas são bem recentes como exemplo a forma exata de divisão celular
mostrando que pode haver erros durante o processo, a interação entre as células
e suas organelas, sistema imunológico e outros.
A biologia molecular
é estudada por algumas técnicas específicas para cada tipo de sistema que se
relaciona com a obtenção, identificação e caracterização de genes e essas
diversas técnicas têm sido desenvolvidas no meio da biologia.
Atualmente as áreas
que mais utilizam as técnicas dos estudos moleculares são as doenças genéticas,
doenças infectocontagiosas, testes de paternidade e Ciências Forenses (Perícia).
Dentre esses, os estudos virais se destacam, pois os vírus possuem carga
genética mais simples que os seres humanos.
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