ORELHA INTERNA
A orelha interna, chamada labirinto, é
formada por escavações no osso temporal, revestidas por membrana e
preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média pelas
janelas oval e a redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior,
a cóclea ou caracol - relacionada com a audição, e
uma parte posterior - relacionada com o equilíbrio e
constituída pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares.
A cóclea é um aparelho membranoso formado por tubos espiralados.
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Imagens:
GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed.
Interamericana, 1981.
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O
diagrama da secção transversal (ao lado), mostra que a cóclea é
composta por três tubos individuais, colados um ao lado do outro: as escalas
ou rampas timpânica, média ou coclear e
vestibular. Todos esses tubos são separados um do outro por
membranas. A membrana existente entre a escala vestibular e a escala média
é tão fina que não oferece obstáculo para a passagem das ondas
sonoras. Sua função é simplesmente separar os líquidos das escalas média
e vestibular, pois esses têm origem e composição química distintas
entre si e são importantes para o adequado funcionamento das células
receptoras de som. Por outro lado, a membrana que separa a escala média
da escala timpânica – chamada membrana basilar – é uma
estrutura bastante resistente, que bloqueia as ondas sonoras. Essa
membrana é sustentada por cerca de 25.000 estruturas finas, com a forma
de palheta, as quais se projetam de um dos lados da membrana e aparecem ao
longo de toda a sua extensão – as fibras basilares.
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As fibras basilares próximas à janela oval na base da cóclea são
curtas, mas tornam-se progressivamente mais longas à medida que se
aproximam da porção superior da cóclea,. Na parte final da cóclea,
essas fibras são aproximadamente duas vezes mais longas do que as basais.
Na
superfície da membrana basilar localiza-se o órgão de Corti,
onde há células nervosas ciliares (células sensoriais). Sobre
o órgão de Corti há uma estrutura membranosa, chamada membrana tectórica,
que se apóia, como se fosse um teto, sobre os cílios das células
sensoriais.
Cóclea
1-
escala ou rampa média ou coclear
2- escala ou rampa vestibular
3-
escala ou rampa timpânica
4- gânglio espiral
5- nervo coclear
(partindo da membrana basilar)
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Órgão
de Corti
Imagem inferior: GUYTON,
A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed.
Interamericana, 1981.
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O
labirinto posterior (ou vestibular) é constituído pelos canais
semicirculares e pelo vestíbulo. Na parte posterior do vestíbulo
estão as cinco aberturas dos canais semicirculares, e na parte anterior,
a abertura para o canal coclear.
Os
canais semicirculares não têm função auditiva, mas são importantes na
manutenção do equilíbrio do corpo. São pequenos
tubos circulares (três tubos em forma de semicírculo) que
contêm líquido e estão colocados, respectivamente, em três planos espaciais (um horizontal e
dois verticais) no labitinto posterior, em cada lado
da cabeça. No término de cada canal semicircular existe uma válvula com
a forma de uma folha - a crista ampular. Essa estrutura contém
tufos pilosos (cílios) que se projetam de células ciliares semelhantes
às maculares.
Entre
os canais semicirculares e a cóclea está uma grande cavidade cheia de um
líquido chamado perilinfa - o vestíbulo. No interior dessa
cavidade existem duas bolsas membranáceas, contendo outro líquido
– a endolinfa: uma póstero-superior, o utrículo, e uma ântero-inferior,
o sáculo. Tanto o utrículo quanto o sáculo contêm células
sensoriais agrupadas
em estruturas denominadas máculas. Células nervosas da base da mácula
projetam cílios sobre uma massa gelatinosa na qual estão localizados minúsculos
grânulos calcificados, semelhantes a pequenos grãos de areia - os otólitos
ou otocônios.
O utrículo e o sáculo comunicam-se através dos ductos utricular e sacular.
Imagens:
GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed.
Interamericana, 1981.
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